O Forte de Santiago da Barra, situado junto ao mar, pensa-se que a primeira fortificação colocada na barra da Foz do rio Lima data do reinado de D. Afonso III (séc. XIII).
A primeira fortificação colocada na barra da Foz do rio Lima data do reinado de D. Afonso III, embora a mais antiga data já do século XV quando ali foi construída uma fortaleza que teria sido concluída já durante o reinado de D. Manuel I como sugerem alguns elementos arquitetónicos manuelinos nomeadamente a chamada "Torre da Roqueta" situada no bastião sudoeste da atual fortaleza.
Nos finais do século XVI, a fortaleza foi alvo de sucessivas obras de beneficiação tendo sido já sob a dominação espanhola durante o reinado de Filipe II (Filipe I de Portugal) que foi edificada a atual fortaleza de planta poligonal a partir de um projeto da autoria de Filippo di Terzi o mais famoso projetista de edificações militares dessa época.
O Forte de Santiago da Barra é uma estrutura de planta estrelada irregular constituída por quatro baluartes: dois virados a terra designados de “São Filipe” e de “São Pedro”, um virado para o rio denominado de “São Rafael”, e o que se vira ao mar o de “São Gabriel”.
A Fortaleza é constituída por muralhas de forma trapezoidal com baluartes triangulares nos vértices voltados à terra, e alguns possuindo guaritas de planta circular nos cunhais.
A entrada na fortaleza faz-se por uma ponte larga suspensa sobre o fosso que circunda a estrutura que conduz a um portal de volta perfeita ladeado por pilastras encimado pelo brasão de D. João de Sousa, governador do forte em 1700, e rematado na cornija pelo escudo de Portugal.
No interior erguem-se os antigos quartéis da Cavalaria, do Sargento e do Governador, e são todos de planta rectangular, mas de diferentes dimensões.
O interior é acessível através de um túnel abobadado que vai dar à praça de armas, e está definido à nossa frente um edifício de planta retangular de três registos, e com um alçado de três portas, e sendo o principal em arco de volta perfeita rematado com cartela e ladeado por colunas encimados por balaústres em meio relevo rematado pelo escudo real.
No lado da praça à direita apresenta-se a “Capela de Santiago” de planta longitudinal de nave e capela-mor retangulares, e possuindo uma fachada em empena que é rasgado por uma porta de verga reta ladeada e encimada por três janelas retangulares sendo as laterais maiores, e possui à sua direita uma sineira.
O Forte de Santiago apresenta planta pentagonal constituída por muralhas de perfil trapezoidal, e reforçadas por baluartes triangulares nos vértices voltados à terra apresentando guaritas de planta circular nos vértices.
A entrada na fortaleza é feita por uma larga ponte sobre o fosso que a circunda, e conduz a um portal de arco de volta perfeita ladeado por pilastras encimado pelo brasão de D. João de Sousa, governador do forte em 1700, e rematado na cornija pelo escudo de armas de Portugal.
No terrapleno acedido por um corredor abobadado ergue-se um edifício principal de planta retangular de três registos com alçado ritmado por três portais, sendo o principal enquadrado por arco de volta perfeita rematado com cartela e ladeado por colunas encimadas por balaústres em meio relevo, rematado pelo escudo real.
Os portais laterais são de moldura em arco de volta perfeita sem decoração, ao longo de toda a fachada foram abertas janelas em ambos os registos.
O edifício possui ainda janelas de mansarda, a norte situa-se a “Capela da Santiago” de planta longitudinal com capela-mor rectangular, e frontispício terminado em empena com sineira à direita.
A esta situa-se o paiol edifício de planta quadrangular de um registo com portal de volta perfeita encimado pelo escudo de Portugal e rematado em empena triangular.
Integrada na zona Sudoeste da fortaleza situada num terraço que se forma no segundo registo ergue-se a chamada “Torre da Roqueta” com entrada pelo adarve através de rampa.
A Torre da Roqueta flanqueada exteriormente com quatro pequenas torres é rodeada por um pequeno fosso, e possui corpo rectangular com dois registos, um terraço com adarves e as armas do rei D. Manuel esculpidas na fachada.
Na fortaleza destaca-se “a Torre Roqueta” de estilo de arquitetura manuelina é a construção mais antiga, e nele estão a Cruz de Cristo e a esfera armilar manuelina.
A estrutura da fortaleza é de arquitetura militar, e a parede de planta pentagonal apresenta um sistema de fortaleza triangular, e foi desenhada por Filipe de Terzi e no interior pode-se ler a data de 1596.