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Palácio Nacional

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se no Largo Rainha Dona Amélia, na freguesia de São Martinho, na vila de Sintra, Distrito de Lisboa, Centro de Portugal
 
No passado foi um dos Palácios Reais e hoje é propriedade do Estado Português, que o utiliza para fins turísticos e culturais.

O edifício de implantação urbana, a sua construção iniciou-se no século XV embora tenha sido aproveitada uma antiga construção da época muçulmana.

O edifício apresenta características de arquitetura de estilo medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica.

Hoje o monumento é considerado um exemplo de arquitetura orgânica de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si através de pátios, escadas, corredores e galerias.

O Palácio foi utilizado pela Família Real Portuguesa praticamente até ao final da Monarquia, em 1910, também neste espaço que D. Manuel recebeu a notícia da descoberta do Brasil, nasceu e morreu D. Afonso V, foi encarcerado D. Afonso VI e D. João II foi tornado rei.

O edifício apresenta planta complexa organiza-se em "V" e apresenta volumetria escalonada constituída por paralelepípedos, e sendo a cobertura efetuada por múltiplos telhados diferenciados a quatro águas, o par de altas chaminés cónicas com 33 metros de altura.

O alçado principal está organizado em três corpos, sendo o central mais elevado e recuado relativamente aos extremos, no piso térreo uma arcaria com quatro arcos quebrados encimada por cinco janelas com emolduramento calcário.

As outras frentes do edifício apresentam uma complexa articulação de corpos salientes e reentrantes, destacando-se o volume cúbico da Sala dos Brasões.

Os compartimentos internos refletem-se em núcleos organizados em torno de pátios, nomeadamente: a Sala dos Archeiros, a Sala Moura ou Árabe, a Sala das Pegas, a Sala dos Cisnes e a Sala dos Brasões, a Sala das Sereias e a Sala da Audiência, a Sala Chinesa ou do Pagode, o Quarto de D. Sebastião, o Quarto-Prisão de D. Afonso VI e a Cozinha.

A Sala dos Brasões ostenta a representação das armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos oito filhos que D. Manuel I tinha quando foi construída entre 1516 e 1520.

A Sala dos Cisnes herda o nome do facto de o tecto estar completamente decorado com 27 pinturas desses animais, e começa numa lenda que sugeria que o duque de Borgonha tinha oferecido um casal de cisnes à infanta D. Isabel.

O cisne era o emblema de Henrique IV de Inglaterra, irmão de Filipa de Lencastre, tio da infanta também um símbolo de fidelidade eterna comum dos romances da época, em que os cavaleiros navegavam pelos rios numa barcaça puxada por um cisne para salvar as damas.

A Sala das Pegas foi onde D. Sebastião terá ouvido Luíz Vaz de Camões a ler “Os Lusíadas”, aqui que reside a lenda que Almeida Garrett conta em “O Romanceiro", uma obra de 1843.

A Sala Moura ou Árabe trata-se do quarto de dormir de D. João I, a decoração atual é do período manuelino integrando azulejos de composição geométrica de efeito tridimensional, o exotismo do espaço é acentuado com o conjunto escultórico da fonte central em bronze dourado.

A Sala Chinesa ou do Pagode,localizada numa das zonas mais antigas do Palácio onde teriam estado os aposentos reais anteriores às obras de D. João I, nela está presente um monumental Pagode da dinastia Qing construído na China no final do século XVIII ou no início do século XIX.

O Quarto de D. Sebastião, o rei terá utilizado este aposento para dormir durante as suas estadias em Sintra, a decoração das paredes é do século XVI, apresenta azulejos em relevo rematados com bordadura com motivos de parras e maçarocas em forma de flor-de-lis.

O Quarto-Prisão de D. Afonso VI foi onde o rei permaneceu encarcerado e vigiado durante 9 anos por ordem do irmão, o Rei D. Pedro II, na sequência do seu afastamento por incapacidade para reinar, tendo acabado por morrer neste quarto em 1683.

Um dos aposentos mais antigos do Palácio, o único compartimento em que a janela possui gradeamento de ferro, o pavimento cerâmico mudéjar remonta ao século XV sendo particularmente raro.

A Capela Palatina de planta retangular e nave única tem os muros revestidos por pintura ornamental, o teto de madeira e o pavimento cerâmico representando os mais antigos exemplos de trabalho mudéjar em Portugal.

O espaço religioso do reinado de D. Dinis (início do século XIV) com a invocação do Espírito Santo (motivo das pombas que carregam um ramo de oliveira no bico) nos frescos das paredes.

A cozinha de inícios do século XV foi construída para grandes banquetes de caça,no seu interior destacam-se várias fornalhas e dois grandes fornos, uma estufa e um conjunto de cozinha em cobre estanhado constituído por marmitas, peixeiras, panelas, tachos, caçarolas e frigideiras.

O revestimento das paredes em azulejo branco de finais do século XIX é do mesmo período da composição heráldica com as armas reais de Portugal e de Saboia ali colocadas em 1889 pertencentes à rainha Maria Pia de Sabóia, a última monarca a habitar o Palácio.