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Castelo dos Mouros

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se no Largo Rainha Dona Amélia, na freguesia de São Martinho, na vila de Sintra, Distrito de Lisboa, Centro de Portugal
 
O Castelo dos Mouros foi erguido sobre um maciço rochoso, isolado num dos cumes da serra de Sintra, do alto das suas muralhas descortina-se uma vista privilegiada de toda a sua envolvência rural que se estende até ao oceano Atlântico.

O monumento apresenta planta orgânica (adaptada ao terreno) com cerca de 450 metros de perímetro e 12.000 m 2 de área.

As suas muralhas são constituídas por uma cintura dupla, exterior e interior, a Leste ainda são visíveis troços da muralha exterior onde se localiza a porta em rodízio de acesso ao recinto, o topo da muralha interna, ameada é percorrido por adarve sendo reforçada por diversas torres.

As muralhas foram executadas segundo a técnica da soga e tissão que se pode ainda observar no seu lanço melhor conservado.

As faixas silhares com aproximadamente 30–40 cm de altura estão colocadas alternadamente em largura e comprimento, são intervaladas por curtas e estreitas faixas de pedras inseridas em argamassa.

A técnica altera-se acima dos 4–5 m de altura, onde se passa a registar uma menor qualidade, fruto de uma segunda fase de construção.

Num outro trecho das muralhas é visível a área de união entre as diferentes técnicas utilizadas, herança das diferentes fases de intervenção.

Além das muralhas ameadas, torres e adarves, o conjunto é completado por diversas rampas e escadarias de acesso e a porta árabe em arco em ferradura.

A muralha apresenta cinco torres: quatro de planta rectangular, uma de planta circular encimadas por merlões piramidais já sem vestígio dos dois pisos e do sistema de cobertura primitivos.

A torre na cota mais elevada do terreno, conhecida também por Torre Real é acedida através de uma escadaria de 500 degraus.

No período islâmico constituíu-se na alcáçova, no período cristão consta que lá terá vivido Bernardim Ribeiro, escritor português do século XVI.

No interior do castelo próximo ao Portão de Armas ergue-se uma igreja devotada a São Pedro, a Igreja de São Pedro de Canaferrim que remonta ao século XII erguida após a conquista do castelo por D. Afonso Henriques, tendo se constituído na primeira igreja paroquial de Sintra em estilo românico de pequenas dimensões, apresenta planta longitudinal e nave única sem cobertura.

A capela-mor com abóbada de berço é de planta rectangular e apresenta vestígios de frescos, a igreja tem dois portais, um de arco pleno de dupla volta assente em colunelos de capitéis decorados e outro com arco duplo apoiado em colunas semelhantes às referidas anteriormente com capitéis com motivos fitomórficos. A sua prospecção arqueológica revelou a presença de diversos túmulos pertencentes a uma antiga necrópole medieval.

No lugar destaca-se uma cisterna de grande capacidade que remonta ao período islâmico com as dimensões de 18 metros de comprimento por 6 de largura e 9 de altura, em seu interior abobadado brota a nascente que abastecia o Palácio Nacional de Sintra.

O seu reservatório foi reconstruído após o grande terremoto de 1755 e percebida pelo visitante através de duas grandes aberturas cónicas de ventilação.

Acede-se ao monumento visível já da vila de Sintra subindo a Rampa da Pena um caminho sinuoso que corre pelo interior da serra ocupado por obras de valor artístico e histórico pelos mais variados espécimes botânicos de carácter raro e exótico.