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Forte da Praia de Consolação

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localizam-se na Praia da Consolação, na freguesia de Atouguia da Baleia, concelho de Peniche, distrito de Leiria, sub-região do Oeste, Centro de Portugal
 
O Forte da Praia da Consolação foi erigido entre 1641 e 1645 por iniciativa de D. Jerónimo de Ataíde, Conde de Atouguia.

O objectivo de construir uma fortaleza naquele local prendia-se com a necessidade de reforçar a defesa da enseada de Peniche bastante exposta aos ataques corsários.

O Forte de Nossa Senhora da Consolação é uma estrutura defensiva erguida durante o período da Guerra da Restauração da Independência de Portugal, por iniciativa de D. Jerónimo de Ataíde, 6.º Conde de Atouguia e senhor de Peniche no ano de 1641 para reforço da defesa da enseada sul de Peniche cruzando fogos com a Praça-forte de Peniche.

A fortaleza implanta-se num maciço rochoso situado no extremo sul da praia com a entrada principal virada a terra e separada desta por um fosso por uma ponte assente sobre dois arcos de volta perfeita.

A estrutura desenvolve-se numa planta estrelada composta por quatro baluartes triangulares, dois virados a este para o lado de terra e dois de menores dimensões do lado oposto apontados para o mar unidos interiormente por uma cortina onde assentam cinco plataformas lajeadas sobre as quais se dispunha originalmente as bocas de fogo.

Os edifícios paralelos entre si formavam um pátio central rectangular que se abria para o lado do mar, a porta de armas apresentava um grande arco de volta perfeita com moldura em aparelho rusticado ladeado por duas pilastras sobre o entablamento no eixo da porta foi incorporada uma lápide com inscrição alusiva à fundação e construção do forte encimada pelo escudo nacional coroado.

Nas centúrias seguintes o Forte da Consolação sofreu algumas transformações ainda no século XVII a estrutura era ampliada em duas épocas distintas, 1657 e 1675.

Nos meados do século XVIII o violento terramoto de 1755 destruiu uma parte da bateria que estava voltada ao mar pelo que foi novamente objecto de obras.

No ano de 1796 concluía-se a edificação das cinco plataformas que entre os dois baluartes voltados ao mar suportavam originalmente as canhoneiras.

No ano de 1800 foi construída uma bateria com quinze canhoneiras no exterior do forte a leste de modo a formar um campo entrincheirado que impedisse o acesso à fortaleza pelo lado de terra.

No contexto da Guerra Peninsular em 1800 a leste desta fortificação foi erguida uma bateria com 15 canhoneiras para novo reforço da defesa da enseada.

No ano de 1832 em plena Guerra Civil o Forte da Consolação recebeu obras de restauro tendo sido ocupado pela colónia de férias infantil das Religiosas do Sagrado Coração de Maria em 1947.

No ano de 1954 os edifícios no interior do forte eram reformados e adaptados às suas novas funções, no ano de 1974 instalava-se no local a sede da Associação Recreativa Forte Clube da Consolação e em 1978 o Forte da Praia da Consolação era classificado como Monumento Nacional.

O Forte da Praia de Consolação apresenta uma fortificação marítima em posição dominante sobre um pequeno promontório com planta estrelada, quatro baluartes triangulares e cinco plataformas onde ficavam dispostas as bocas de fogo.

No exterior é rodeada por um fosso ultrapassando uma ponte, o portão de armas encimado por uma lápide com uma inscrição epigráfica alusiva à fundação e edificação do forte, pelo escudo nacional coroado com arco de volta perfeita com moldura de aparelho rusticado ladeado por duas pilastras.

No ano de 2017 o Estado Português cedeu o imóvel à Câmara Municipal de Peniche para que aí seja instalado um pólo museológico dedicado ao património histórico militar da região e ao património geológico do concelho.

O projecto contempla a reabilitação do imóvel e a sua integração nas rotas turísticas e patrimoniais da região centro.