O cabo de São Vicente é um cabo situado no extremo sudoeste de Portugal continental, na freguesia de Sagres, concelho de Vila do Bispo.
O Cabo fica 4 km a oeste e 3 km a norte da Ponta de Sagres, o antigo "Promontorium Sacrum" romano, dedicado ao deus Saturno, e onde se situa uma antiga fortaleza visitável (Fortaleza de Sagres).
Em Lagos, a 25 km do cabo para leste, o Infante D. Henrique teria estabelecido a sua escola de navegação (Escola de Sagres) no século XV que impulsionou os Descobrimentos portugueses.
A partir deste cabo é possível apreciar a passagem dos navios que transitam entre o Mar Mediterrâneo e o norte da África.
O Cabo de São Vicente faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Este local é também conhecido como o "Fim do Mundo" por ser o ponto mais sudoeste da Europa.
A Fortaleza de Sagres, também referida como Castelo de Sagres ou Forte de Sagres, é um monumento militar, situado junto da aldeia de Sagres, no concelho de Vila do Bispo, na região do Algarve, em Portugal.
A fortaleza foi construída no Século XV, durante o período do Infante D. Henrique, tendo sido muito danificada pelo sismo de 1755 e reconstruída nos finais desse século de forma muito modificada e foi alvo de grandes obras de remodelação nas décadas de 1960, 1990 e 2010.
No seu interior destaca-se a Igreja de Nossa Senhora da Graça, igualmente construída durante o período henriquino, e a fortaleza é de grande importância histórica devido à sua ligação ao Infante D. Henrique e aos Descobrimentos Portugueses, tendo em 2018 sido o monumento mais visitado no Algarve, e provavelmente em toda a região a Sul do Tejo.
O forte está situado num promontório escarpado a Leste do Cabo de São Vicente com cerca de 1 Km de comprimento, 300 m de largura e 40 m de altitude, tendo sido escolhido devido à sua posição privilegiada para controlar a costa.
Faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina possuindo uma complexa biodiversidade tanto do ponto de vista da fauna como da flora, com exemplares únicos na região
No interior da fortaleza encontra-se a Igreja de Nossa Senhora da Graça fundada durante o período henriquino sendo originalmente dedicada a Santa Maria.
O edifício é de planta longitudinal com uma só nave, e uma cabeceira quadrangular, e tendo ao Sul a sacristia de forma semelhante.
O interior da nave é coberto por uma abóbada de canhão, protegida por um telhado de duas águas, enquanto que a capela-mor é rematada por uma cúpula sobre trompas.
As fachadas não possuem embasamento, sendo a principal de dois panos e onde se situa o portal de entrada com lintel, enquanto que o outro corresponde ao campanário.
A fachada Sul também possui dois panos, um para a sacristia e outro para a nave da igreja, abrindo-se neste último uma janela.
A fachada virada a Este é igual à do Sul, igualmente com uma janela, e inclui uma escada para aceder ao campanário.
No interior da igreja destaca-se um conjunto de lápides sepulcrais , e durante as escavações arqueológicas foram encontrados vários artefactos provenientes de cronologias modernas que incluem contentores em cerâmica, faianças, materiais de construção, pedaços de vidros e peças em metal.