A Casa São Roque (antiga Casa Ramos Pinto) remonta a 1759 em que fazendo parte da Quinta da Lameira funcionou como mansão e pavilhão de caça típico na burguesia e nas famílias nobres do Porto.
No século XIX, pertenceu à família de Maria Virgínia de Castro que em 1888 se casou com António Ramos Pinto, um dos mais conhecidos produtores e exportadores de vinho do Porto.
O produtor de vinho encomendou ao arquitecto José Marques da Silva a remodelação e expansão da casa, ao mesmo tempo que Jacinto de Matos desenhou o jardim (1900-1911).
A quinta e a casa foram adquiridas pela Câmara Municipal do Porto ao último dono, António Eugénio de Castro Ramos Pinto Cálem, neto de Maria Virgínia e António. (1979).
A mobília e os objectos mais importantes da casa foram preservados e ainda hoje estão em uso na colecção da Casa do Roseiral, enquanto o remanescente foi adquirido pela negociante de antiguidades Aurora Rodrigues Martins.
O edifício mantém hoje o seu original estilo ecléctico, introduzido com a remodelação de Marques da Silva que se inspirou nos historicismos franceses do século XIX e na art nouveau belga, tendo sido recentemente reabilitado sob a supervisão do arquiteto João Mendes Ribeiro.
A Casa São Roque é hoje um exemplar marcante das casas da época no Porto pelas suas características arquitectónicas e decorativas onde o seu jardim de inverno é um exemplar único.
Na Casa São Roque as migrações da modernidade são contadas através de histórias privadas e narrativas singulares, em pequena escala, desenvolvidas ao longo dos anos.
Nos participantes incluem-se artistas, investigadores, crianças e professores: Aura Rosenberg, Chantal Benjamin, Lais Benjamin Campos, Marcelo de Souza Campos Granja, Patrizia Bach, Arno Gisinger, Joanna Zielinska, Jean-Luc Moulène, Jean-Michel Alberola, André Cepeda, Paulo Nozolino, João Barrento, Sismógrafo.
No edifício dão-se exposições como “ Footnote 14: Angel of History” é uma extensa exposição colectiva, um projecto de pesquisa acompanhado de uma conferência e publicação.
O Projeto pretende dar continuidade à sequência de exposições dedicadas à noção de casa, um antigo espaço habitacional transformado num novo centro de arte contemporânea.
A visita “histórica” ao antigo palacete Ramos Pinto construído em 1759, remodelado em 1900–1910 pelo arquitecto portuense-parisiense José Marques da Silva, onde tanto o lugar como o seu arquitecto são os representantes simbólicos do progresso e do processo de modernização local.