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Museu de Arte Contemporânea de Serralves

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Fica localizado na Rua Dom João de Castro, Cidade e concelho do Porto, Norte de Portugal.
 
Integrado na Fundação de Serralves, este museu foi projetado pelo arquiteto Siza Vieira, no início do ano de 1991, é o primeiro do género em Portugal e pretende mover o público para a Arte Contemporânea e para as questões da sociedade dos nossos dias.

O projeto foi inaugurado em 1999, harmoniosamente integrado na envolvente urbana e nos espaços preexistentes dos jardins, do Parque e da Casa de Serralves, é constituído por um corpo principal do qual partem em direção a Sul, duas alas expositivas.

O edifício apresenta uma planta particular, a zona de exposições foi desenvolvida em "U”, de maneira a fazer o jardim entrar dentro do museu e minimizar o seu impacto ambiental.

Um edifício grande que é uma zona residencial de casas de dois pisos, completada com um jardim de grande qualidade.

O caminho do acesso ao Museu junto ao portão da entrada começa o caminho coberto que conduz até ao Museu definindo a transição entre o exterior e o interior em que é a própria arquitetura que encaminha o visitante.

Aqui destacam-se três momentos: o espaço junto ao portão de entrada, o espaço até à bilheteira que revela uma abertura lateral para o parque, a bilheteira implantada no estreitamento do caminho, e finalmente o percurso da bilheteira até à entrada o qual revela uma abertura progressiva até ao pátio da magnólia. (Este articula o auditório à esquerda e o museu em frente).

O Átrio funciona como um local nevrálgico no Museu redistribuindo percursos e permitindo acessos, ao nível do Hall tem-se acesso ao balcão de informações, bengaleiro, livraria e sala de exposições.

Ao nível superior subindo acede-se à Sala do Serviço Educativo, Sala Multiusos e ao Restaurante/Cafetaria onde encontra-se uma Esplanada com vista sobre o Parque.

Ao nível inferior descendo encontra-se a biblioteca, o bar e o auditório, observar uma sequência de portas e janelas que estabelece uma relação dinâmica entre os vários espaços e permite uma clara compreensão da organização do edifício articulado em dois eixos principais.

No nível superior, a janela proporciona um enquadramento surpreendente da Bétula que se encontra no exterior.

O conceito base do projeto do Museu de Serralves é o da sucessão de salas, um edifício onde cada sala introduz a sua própria diferença em termos arquitetónicos.

A sala que faz a ligação à ala esquerda do Museu caracteriza-se pela simetria reforçada pela existência de uma janela que remata a sequência de passagens que definem o eixo longitudinal percebido no Átrio do Museu. (Esta janela encontra-se por vezes tapada, devido a necessidades de montagem).

Na sala existem dois níveis de espaço expositivo ligados por uma rampa que liberta o olhar para o que está exposto.

Nas salas da ala direita do Museu destaca-se o sistema de iluminação habitualmente designado por "mesa invertida”, e repare no teto e constata como este sistema desempenha um papel crucial na definição dos espaços de exposição, oferecendo uma luz suave e passível de ser controlada.

Nas salas seguintes, as janelas enquadram a paisagem trazendo-a para o interior do Museu, a natureza participa silenciosamente no espaço arquitetónico e no percurso expositivo, observe como a "Janela-olho” se projeta para o exterior enquadrando uma antiga árvore do Parque.

Na ala direita do Museu - Extremidade SUL repare no ponto de confluência entre as salas anteriores e as seguintes, o desenho desta passagem convida o visitante a circular sem necessidade de informações complementares, o próprio caminho sugere movimento tornando o percurso fluído.

O efeito é conseguido através de uma rotação do volume correspondente às salas relativamente ao eixo principal definido em frente uma janela enquadra de forma admirável uma vista magnífica para a Mata, repare também na janela no início do corredor paralelo a estas salas: a partir dela avista-se um antigo castanheiro do Parque de Serralves.

A primeira sala da ala esquerda do Museu destaca-se pela claraboia e pela sua proporção, as características remetem para a sala seguinte que caracteriza-se pela altura do seu pé-direito e do seu piso de madeira.

A ligação entre os dois pisos de exposição faz-se por uma escada e provoca inicialmente (sensação de aperto e incómodo estreitamento), num segundo momento uma janela abre-se à sua frente proporcionando uma sensação de alívio, de abertura e de progressivo alargamento do espaço.

A Sala de exposição e duas pinturas abstratas repare nas grandes janelas envidraçadas, conjugando a orientação da sala a sul com a integração de grandes janelas, um piso em mármore branco, o arquiteto consegue provocar uma sensação de amplitude e de grande luminosidade.

A sensação é ainda mais intensa na medida em que foi conduzido através de um espaço de sombra e estreitamento: a escada é admirável como o arquiteto ultrapassa o facto desta sala possuir um pé direito inferior ao das salas anteriores.

O pormenor mais surpreendente desta sala de madeira é o facto de ser constituída por três tipos de pé-direito que crescem à medida que a observação avança, começando por um pé-direito mais baixo e acolhedor acompanhando gradualmente o olhar o contraste é feito pelo facto de a sala ser em piso em madeira.

A Biblioteca situa-se nos pisos um e dois do edifício do Museu destaca-se a sua imensa janela com vista sobre o Parque que se assemelha a uma "pintura de paisagem” em movimento e na qual mesmo quem passeia no exterior é protagonista da varanda interior da Biblioteca que avista-se o piso inferior.

A janela como referência facilmente se descobre a relação entre os dois volumes laterais: embora com formas iguais encontram-se numa posição simetricamente invertida.

Aberta ao público em 2001, a Biblioteca disponibiliza informação sobre arte contemporânea e a paisagem, da década de 1960 aos nossos dias.

O seu fundo documental de consulta geral é constituído por catálogos de exposições, obras de referência, ensaios e publicações periódicas, nos domínios das artes plásticas e artes performativas.

Outras coleções podem ser consultadas por todo o tipo de públicos, de estudantes a investigadores, de criadores a críticos de arte.

O acervo da Biblioteca espelha de forma vincada as temáticas dos artistas representados na programação e Coleção do Museu.

Através do seu Foyer e Bar, o espaço dedicado ao Auditório estabelece uma continuidade natural com a Biblioteca.

No entanto é possível aceder a este espaço pelo exterior do Museu (piso da entrada) através de um pequeno pátio circundado por uma galeria coberta a partir do qual se pode ter acesso ao Foyer adivinhando ao mesmo tempo o Parque de Serralves.

O Auditório foi projetado para desempenhar múltiplas funções revelando uma atividade de cariz transversal.

A sua programação é normalmente planeada em ciclos temáticos e articulados com algumas exposições apresentadas no Museu ou atividades do Parque: música eletrónica, experimental, jazz, dança contemporânea e cinema de autor.

Neste espaço são ainda apresentadas mesas redondas sobre temas da atualidade como: conferências, colóquios e ciclos de estudos contemporâneos que valorizam a programação e diversificam os públicos.