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Fica localizado no Largo do Carmo e foi erguido, sob o Rossio (Praça de D. Pedro IV), na colina fronteira à do Castelo de São Jorge, na cidade e Distrito de Lisboa, em Portugal.
O Convento do Carmo de Lisboa é um antigo convento da Ordem dos Carmelitas da Antiga Observância que se localiza no Largo do Carmo e foi erguido, sob o Rossio (Praça de D. Pedro IV), na colina fronteira à do Castelo de São Jorge, na cidade e Distrito de Lisboa, em Portugal.
O conjunto que já foi a principal igreja gótica da capital, e que pela sua grandeza e monumentalidade concorria com a própria Sé de Lisboa ficou em ruínas devido ao terramoto de 1755 e não tendo sido reconstruído.
O Convento do Carmo de Lisboa constitui-se em um dos principais testemunhos da catástrofe ainda visível na cidade e hoje as ruínas abrigam o Museu Arqueológico do Carmo.
A ruína do Convento do Carmo e do vizinho Convento da Trindade que se deu no terramoto (1755) esteja na origem da expressão popular: "cair o Carmo e a Trindade".
O conjunto apresenta raiz no gótico mendicante com certa influência do Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha, fundado pelo Rei D. João I de Portugal, e que também estava em construção na época.
Ao longo dos séculos recebeu acrescentos e alterações, adaptando-se aos novos gostos e estilos arquitetónicos.
A fachada da igreja do convento tem um portal de várias arquivoltas lisas com capitéis decorados, a rosácea que encima o portal está destruída.
A fachada sul da igreja é sustentada por cinco arcobotantes adicionados em 1399 após um desabamento durante a construção da igreja.
O interior apresenta três naves e cabeceira com uma capela-mor e quatro absidíolos, o tecto da nave da igreja desapareceu com o terramoto, e só os arcos ogivais transversais que o sustentam são visíveis hoje.
O corpo principal da igreja e o coro cujo telhado resistiu ao terramoto foram requalificados e abrigam hoje um Museu Arqueológico com uma pequena mas interessante colecção.
No novo Museu do período paleolítico e neolítico português destacam-se as peças provenientes de escavações de uma fortificação pré-histórica perto de Azambuja (3500 a.C. - 1500 a.C.).
O núcleo de túmulos góticos: o de D. Fernando Sanches (início do século XIV) decorado com cenas de caça e javali, o túmulo do rei D. Fernando I (1367-1383), uma estátua de um rei do século XIII (talvez D. Afonso Henriques), peças romanas e visigóticas e duas múmias peruanas.
O Museu Arqueológico do Carmo
O Museu Arqueológico do Carmo localiza-se nas ruínas do Convento do Carmo na cidade e Distrito de Lisboa, em Portugal.
O Museu foi fundado em 1864 pelo primeiro presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Joaquim Possidónio Narciso da Silva (1806-1896).
O seu objetivo maior era o de salvaguardar o património nacional que estava a dilapidar-se e deteriorar-se em consequência da extinção das Ordens Religiosas e dos inúmeros estragos sofridos durante as invasões francesas e as guerras liberais.
No final do século XIX, o conde de São Januário, também presidente da Associação, ofereceu ao Museu parte da sua coleção particular de cerâmicas pré-colombianas, e duas múmias do mesmo período.
Essa coleção "exótica" constitui hoje um dos principais atrativos do Museu na medida em que é o único museu português, e um dos poucos da Europa a possuir duas múmias em exposição permanente.
O último quartel do século XIX e o terceiro quartel do século XX deram entrada no Museu importantes coleções de Arqueologia Pré e Proto-Histórica provenientes de diferentes escavações arqueológicas: a coleção de Vila Nova de São Pedro (Azambuja - período Calcolítico - 3500-2500 a.C.) e contando atualmente com cerca de mil artefatos em exposição permanente.
No espólio do Museu: o "Sarcófago das Musas" (romano, séculos III-IV d.C.), o túmulo do rei Fernando I de Portugal (obra-prima da escultura gótica no país, recentemente restaurado), quatro placas de alabastro com cenas da Paixão de Cristo esculpidas em baixo-relevo, oriundas das oficinas de Nottingham (meados do século XV), o túmulo da rainha Maria Ana de Áustria em estilo barroco, 14 painéis de azulejos representando a Paixão de Cristo em estilo barroco, coleção de 101 pedras de armas com destaque para a lápide com o brasão de Fernão Álvares de Andrade (século XVI) realizada a partir de desenho de Francisco de Holanda.
No ano de 2002 foi criado o Serviço Educativo do Museu para a realização de visitas guiadas, o espaço da Livraria/Loja onde o público pode adquirir roteiros, brochuras e publicações da Associação dos Arqueólogos Portugueses.