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Chiado

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Fica localizado entre o Bairro Alto e a Baixa Pombalina, concelho e distrito de Lisboa, centro de Portugal
 
O Chiado é um dos bairros mais emblemáticos e tradicionais da cidade de Lisboa.

Em 1856, com a criação do grémio literário, um clube dos intelectuais da época, o Chiado tornou-se o centro do Romantismo Português, ponto de passagem obrigatório para quem queria ser conhecido na cidade. O escritor Eça de Queiroz na sua obra "Os Maias" fazia grande referência ao Chiado e ao Grémio literário.

O Chiado dividia-se pelas freguesias do Sacramento e dos Mártires, duas das menores de Lisboa, estando agora totalmente integrado na nova freguesia de Santa Maria Maior.

Na década de 1980, devido à mudança nos hábitos dos Lisboetas e à inauguração do centro comercial Amoreiras, o Chiado ficou decadente.

Em 1988, na madrugada do dia 25 de agosto, entre as 3 e as 4 da manhã, deflagrou um incêndio no edifício Grandella, que viria a tomar grandes proporções alastrando-se a mais dezessete edifícios. O Chiado ficou destruído e a sua reconstrução levou toda a década de 1990, ficando o design a cargo do arquiteto Álvaro Siza Vieira.

Hoje o Chiado voltou a ser um importante centro de comércio de Lisboa, sendo uma das zonas mais cosmopolitas e movimentadas da Capital Portuguesa, sendo palco de eventos emblemáticos como o Vogue Fashion ''s Night Out.

Área tradicionalmente conhecida pelas suas ligações intelectuais, encontram-se aí várias estátuas de figuras literárias: Fernando Pessoa, um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, está sentado a uma mesa no exterior do Café A Brasileira, imortalizado numa estátua de bronze da autoria de Lagoa Henriques.

Além desta estátua do século XX, encontramos também a de António Ribeiro, O Chiado, no mesmo largo, do outro lado da rua ergue-se a estátua de Luís de Camões no largo com o seu nome.

Fernando Pessoa tinha, aliás, uma ligação muito especial com o Chiado. No Largo de S. Carlos, à frente do teatro com o mesmo nome, encontramos o edifício onde nasceu o poeta.

Nesta zona existem diversos teatros: o Teatro S. Luiz (que já teve vários nomes, como Teatro D. Amélia e é hoje pertença da Câmara Municipal de Lisboa), o Teatro da Trindade, e o Teatro de São Carlos, único teatro de ópera em Portugal, o Museu Nacional de Arte Contemporânea, mais conhecido como Museu do Chiado, com obras a partir da segunda metade do século XIX em diante.

No Largo do Chiado erguem-se duas igrejas barrocas: a italiana, Igreja do Loreto, no lado norte, a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação em frente com as paredes exteriores parcialmente decoradas com azulejos.

A 25 de Agosto de 1988 deflagrou um desastroso incêndio numa loja da Rua do Carmo, que liga a Baixa ao Bairro Alto, os carros de bombeiro não conseguiram entrar na rua do Carmo reservada aos peões cuja obra polémica se deve ao mandato executivo de Nuno Abecassis, o então presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tendo o fogo propagado rapidamente aos edifícios contíguos à Rua Garrett.

Além de lojas e escritórios, foram destruídos muitos edifícios do século XVIII os piores estragos foram naturalmente na Rua do Carmo vedada ao acesso das viaturas de socorro.

O projeto de reconstrução agora completo preservou muitas fachadas originais e foi dirigido pelo arquiteto português Álvaro Siza Vieira.