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Castelo de São Jorge

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Fica na rua de Santa Cruz do Castelo, na freguesia de Santa Maria Maior, na cidade de Lisboa, centro de Portugal
 
Castelo Militar e com cerca urbana
 
O monumento caracteriza-se por ser um Castelo Militar e com cerca urbana, fica na mais alta colina do centro histórico da cidade de Lisboa, e mostra aos visitantes uma das mais belas vistas sobre a cidade e o estuário do rio Tejo.

O Castelo de S. Jorge é hoje um local onde pode explorar os vestígios do bairro islâmico do século XI no Sítio Arqueológico, descobrir vistas inéditas da cidade na Câmara Escura, passear pelos jardins e miradouro, fazer uma pausa no Café do Castelo e participar em visitas guiadas.
A construção do Castelo de São Jorge em Lisboa
 
Em 48 a.C. presumível data de construção da primeira fortificação tendo sido concedida a Lisboa a categoria de município romano, e no século 10 dá-se a reconstrução muçulmana das fortificações, castelos e muralhas e a Cerca de Moura.
As Características do Castelo de São Jorge em Lisboa
 
O castelo defende a antiga cidadela islâmica, o Alcazar, abrindo-se nos seus muros com ameias doze portões, e sete dos quais para o lado da freguesia de Santa Cruz do Castelo.

Para o exterior, um pano de muralha dá acesso a uma torre de barbacã, dezoito torres dão sustentação e reforço aos muros, pelo Portão Sul, através da Rua de Santa Cruz do Castelo acede-se à Praça de Armas.

Castelo medieval, de planta aproximadamente rectangular, cuja muralha, de paramentos verticais e espessos, é coroada por merlões quadrangulares sem seteiras, interrompida por 10 torres de planta quadrada, tendo algumas 1 a 2 pisos.

A sua abertura é feita ao nível do adarve. Este é aberto e corre em volta de toda a muralha. Uma Torre de couraça desce do pano de muralha. Uma barbacã reforça 2 das faces da muralha, estando numa aberta a porta principal do castelo. A barbacã está rodeada nas 2 faces por um fosso. O castelo é dividido a meio por um pano de muralha interrompido por uma torre.

Monumento composto pelo Castelo, a muralha que circunda a Cidadela, a Esplanada, o Passeio e as Cercas. O castelo, no vértice NO., é de planta aproximadamente rectangular e situa-se no ponto mais alto. Um muro recto com adarve e ameiado, de direção N.S., divide o castelo em duas praças de armas de planta rectangular, com comunicação através de uma porta, em arco quebrado de um lado, e de verga curva do outro. Na praça a O., duas escadas de pedra dão acesso ao adarve e, na muralha a N., rasga-se a Porta da Traição.
O Exterior do Castelo de São Jorge em Lisboa
 
As faces S. e E. do Castelo são reforçadas por uma barbacã em ângulo recto, que parte das torres NE. e SO., ameiada, rasgada por altas seteiras correndo nela um adarve acessível por 2 escadas e jorramento na face exterior.

Esta é rasgada por duas portas, uma na face E, pequena, em arco quebrado, e outra na face S, antecedida por uma ponte assente em 2 arcos abatidos, ambas dando acesso a um fosso seco que corre entre a muralha e a barbacã. (muro anteposto às muralhas de uma fortificação e mais baixo do que estas construído nos castelos medievais para defender o fosso, falsa-braga)

No alinhamento da ponte situa-se a porta principal do castelo em arco pleno que dá acesso a um pequeno pátio, o qual comunica com o interior por uma porta em arco quebrado na face S. e de arco plenona (arco de volta perfeita) face N. No exterior da barbacã corre um fosso com água.

A cidadela envolve pelos lados E. e S. o castelo e é limitada a N., E. e S. por uma cintura de muralhas ameiadas, que nasce no vértice NE. do castelo e integra 6 torres, ocultas do exterior, e 2 cubelos semi-circulares.

No lanço N. rasgam-se 2 portas em arco abatido, a chamada porta do Norte é encimada por uma lápide, a porta Martim Moniz tem uma inscrição gravada na parede do lado exterior, sobre o arco sobrepujado por uma cabeça de uma estátua dentro de um pequeno nicho em mármore representando Martim Moniz.

No lanço S. rasga-se a porta principal, de São Jorge, semelhante a um arco de triunfo, com arco pleno em fiadas adornadas com mármore, sobre o fecho do qual se pode ler "4 - 4º - 1846 - D. Maria II", sendo rematada com pedra de armas reais. Lateralmente, em letras de bronze, uma dedicatória ao Duque da Terceira, Ministro da Guerra. Esta porta dá acesso à Esplanada.

Nesta destaca-se a sala Ogival e a O. a "Casa do Leão", e a partir da Esplanada nasce o Passeio que envolve o monumento pelos lados O. e N. com parapeito.

As suas muralhas coroadas por merlões e servidas por adarves são interrompidas por 10 torres de planta quadrada salientes para o exterior ocupando no pano de muralha N., a NO., uma torre coberta por um telhado de 5 águas sendo cada face rasgada por uma seteira ( pequena abertura nas muralhas pela qual deitavam setas contra os inimigos, frestas, frecheira para deixar passar a luz).

No seu interior abre-se uma sala, ao nível do adarve, de cobertura em travejamento em madeira. Ao centro deste pano de muralha encontra-se uma torre coberta por telhado de 4 águas, sendo cada face rasgada por uma janela em arco quebrado.

Uma porta inscrita em arco quebrado dá acesso ao interior cuja cobertura é idêntica à da torre anterior.

No vértice NE. a Torre da Cisterna, de eirado ameiado com muros rasgados por seteiras, tem uma cisterna com guarda de pedra e armação de ferro.

No pano de muralha E., ao centro, cerca de 2 m acima do adarve, uma torre de eirado descoberto, ameiado e rasgada por seteiras, cujo acesso se faz por uma escada estreita em pedra. No vértice SE:, existe uma torre mais alta, Torre do Observatório, de eirado descoberto e ameiado, com acesso através de uma escadaria de pedra de 2 lanços.

A meio do pano S. situa-se a Torre de Ulisses, com planta de 2 pisos, tendo o 1º cobertura em abóbada de aresta e o 2º, cuja entrada se faz por uma porta de vão rectangular aberta na face N. tem 3 faces rasgadas por seteiras e o tecto em travejamento de madeira.

Cobertura de telhado a 4 águas equivalente a um eirado. No vértice SO. uma torre ameada, cuja entrada se faz por uma porta em arco pleno, parecendo faltar-lhe a pedra de fecho, antecedida por alguns degraus em pedra que nascem do adarve.
O Interior do Castelo de São Jorge em Lisboa (um monumento comemorativo a D. Afonso Henriques)
 
No interior uma sala com tecto em travejamento de madeira, o pano de muralha O. tem 3 torres cujos eirados se situam acima do adarve, sendo o seu acesso feito por uma estreita escada de pedra na face E. das torres, só 3 faces são ameiadas correndo nelas um estreito adarve. (ameia: pequenos parapeitos denteados que guarnecem o alto das torres, fortificações e castelos que protegem os atiradores).

Há vestígios das cercas Moura e Fernandina, estando a sua maior parte integrados em edifícios ou adulterados, e da Cerca de Moura existem vestígios de 7 lanços de muralha visíveis da via pública, 13 Torres e cubelos, 9 dos quais são nitidamente visíveis e 3 portas ou arcos.

Em relação à Cerca Fernandina existem 8 lanços e cubelos, 5 deles perfeitamente identificáveis e 1 porta ou arco, e o CENTRO DE INTERPRETAÇÃO em madeira e ferro de planta rectangular simples e cobertura plana.

O monumento oferece ainda os jardins e miradouros (com destaque para a Praça de Armas com a estátua de D. Afonso Henriques), o castelejo, a cidadela e a esplanada, uma câmara escura (Torre de Ulisses, antiga Torre do Tombo), espaço de exposições, sala de reuniões/recepções (Casa do Governador) e loja temática aos seus visitantes.
O Castelejo (fortificação da época islâmica)
 
O Castelejo de época islâmica construído em meados do século XI, a fortificação situa-se na zona de mais difícil acesso do topo da colina aproveitando as escarpas naturais a Norte e Oeste.

O castelo tinha como função albergar a guarnição militar, e em caso de cerco as elites que viviam na alcáçova (a cidadela) não tinha uma função de residência como acontece com outros castelos da Europa.

Esta fortificação preserva ainda 11 torres, das quais se destacam a Torre de Menagem, a Torre do Haver ou do Tombo, a Torre do Paço, a Torre da Cisterna e a Torre de São Lourenço, situada a meia encosta.

Na segunda praça encontram-se ainda vestígios de antigas construções e uma cisterna, na muralha Norte uma pequena porta designada por Porta da Traição que permitia a entrada ou saída de mensageiros secretos em caso de necessidade.
Miradouro do Castelo de S. Jorge
 
O jardim-paisagem do Castelo de S. Jorge é hoje o único espaço verde de Lisboa onde dominam, e pode observar-se as principais espécies autóctones da floresta portuguesa como os sobreiros, zambujeiros, alfarrobeiras, medronheiros, pinheiros-mansos e algumas árvores de fruto em memória da antiga horta do Paço Real da Alcáçova.
Camera Obscura no Castelo de S. Jorge
 
A câmara escura é um sistema óptico de lentes e espelhos que permite observar minuciosamente a cidade em tempo real, os seus monumentos, o rio e a azáfama própria de Lisboa num olhar que percorre 360º.
Núcleo Arqueológico (acesso condicionado)
 
O Núcleo Arqueológico investiga e estuda vestígios arqueológicos que testemunham três períodos significativos da história de Lisboa: as primeiras ocupações conhecidas que remontam ao século VII a.C., os vestígios da zona residencial de época islâmica, da época de construção do castelo de meados do século XI, e finalmente as ruínas da última residência palaciana da antiga alcáçova destruída pelo terramoto de Lisboa de 1755.
Núcleo Museológico do Castelo de S. Jorge (período islâmico do século XI-XII)
 
No Núcleo Museológico podemos ver e apreciar uma coleção visitável constituída por um acervo de objetos encontrados na área arqueológica proporcionando a descoberta das múltiplas culturas e vivências que desde o século VII a.C. ao século XVIII foram contribuindo para a construção da Lisboa da atualidade, e com particular destaque para o período islâmico do século XI-XII.
Vestígios do Antigo Paço Real da Alcáçova ( Hoje Castelo de S. Jorge)
 
Todo o conjunto edificado onde se encontram hoje instalados o Núcleo Museológico, o Café do Castelo e o restaurante Casa do Leão constitui a memória mais significativa da antiga residência real medieval.

Também na zona do Jardim Romântico e nos terraços é possível ver alguns elementos arquitetónicos que integravam a antiga residência real.

A ilustração ou reprodução de um desenho do século XVI é o testemunho mais expressivo do que era o Paço Real e a cidade de Lisboa antes do terramoto.

Em virtude da sua excepcional localização, o Castelo de S. Jorge destaca-se do conjunto dos miradouros de Lisboa pelas vistas únicas e majestosas que permite usufruir.
A Classificação do Castelo de São Jorge em Lisboa
 
O Castelo de São Jorge foi classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910.

Este Monumento sofreu importantes intervenções de restauro na década de 1940 e no final da década de 1990, que tiveram o mérito de reabilitar o monumento recuperando-lhe a traça medieval.

Actualmente constitui-se num dos locais mais visitados pelos turistas na cidade de Lisboa.