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Santuário do Bom Jesus do Monte

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Fica situado na freguesia de Tenões, distrito de Braga, norte de Portugal.
 
O Santuário do Bom Jesus do Monte localiza-se na freguesia de Tenões, na cidade, concelho e distrito de Braga, no norte Portugal. Fica situado nas proximidades do Santuário de Nossa Senhora do Sameiro.

O templo vem substituir o anterior, concebido em vida de D. Rodrigo de Moura Teles, demolido em 1788.

A atual Basílica do Bom Jesus do Monte é da autoria de Carlos Amarante por encomenda do Arcebispo D. Gaspar de Bragança, em substituição da anterior igreja que se encontrava em ruínas.

A primeira pedra foi lançada no dia 1 de junho de 1784 no tempo do arcebispo D. Gaspar de Bragança e a última em 1811.

O atual templo apresenta linhas simples e superfícies lisas, em conformidade com o estilo neoclássico.
O Exterior da Basílica do Bom Jesus
 
A fachada apresenta linhas sóbrias, superfícies lisas, frisos duplos dóricos, que separam a cornija da arquitrave, uma superfície convexa, paredes pintada de branco, adornadas por esculturas, pedras de cantaria nos guarnecimentos dos vãos de portas e janelas, revestimentos de paredes com socos, faixas, pilastras, colunas ou pilares, cornijas com pináculos em forma de fogaréus no transepto e lanternim.

O edifício possui três corpos, sendo o central ligeiramente avançado, com frontão decorado, balaústres suportadas por colunas, alternando com nichos e portal.

A parte baixa que vai até ao entablamento encontramos um pórtico neoclássico, encimado por um frontão por quatro colunas de granito que sustentam uma varanda, duas janelas, uma porta principal com dois nichos de volta perfeita, encimados de frontões triangulares, duas estátuas monolíticas dos profetas da paixão Jeremias e Isaías e lápides de mármore.

No segundo andar encontramos frontão decorado, pilastras jónicas, três janelas, varanda balaustrada onde aparecem as estátuas dos quatro evangelistas com os seus respectivos símbolos e no topo uma singela cruz latina.

Na frontaria do templo encontramos o brasão real de D. João VI, que concedeu ao santuário honras e prerrogativas de misericórdia figurando o seu retrato na galeria dos benfeitores deste templo.

Os corpos laterais suportam as torres sineiras, divididas em andares com janelas e varandins de balaústres, nos extremos duas janelas decoradas com relógios de pedra.

No alto aparecem duas torres com dois sinos ligeiramente recuadas, com coberturas em coruchéus, altos campanários, cúpulas de arquitetura barroca que contrasta com a horizontalidade da fachada.

No exterior da fachada principal encontram-se muitas inscrições em homenagem aos que contribuíram para a construção deste edifício.
O Interior da Basílica do Bom Jesus
 
O interior apresenta uma planta em cruz latina, uma nave em abóbada, uma capela-mor de perfil poligonal, janelas em linha recta, portas de verga reta. Aqui destacam-se duas capelas: a do Santíssimo Sacramento e a das Relíquias.

No altar das relíquias ficam os ossos de São Clemente arranjados com cera e gesso, e trata-se dum soldado romano martirizado, no século III, depois de Cristo.

No altar-mor da Basílica encontramos representada a cena do Calvário onde se destaca a imagem de Cristo Crucificado, duas cruzes com o bom Dimas e o mau Gestas ladrão, Nossa Senhora, João Evangelista, Maria Madalena prostrada ante a cruz, o centurião e oito soldados espalhados pelo monte.

No eixo central da nave encontram-se temas da vida de Jesus Cristo: a expulsão, a tentação, as almas do purgatório e a coroação de Maria.

Na capela dos ex-votos destaca-se um pequeno altar de arquitetura barroca com a imagem do Senhor Agonizante em tamanho natural, a imagem da Senhora das Dores rodeada de dois arcanjos

A sacristia inundada de retratos dos seus benfeitores, uma galeria com retratos e imagens dos benfeitores e uma imagem de Cristo Crucificado em marfim construída na Índia e oferecida pelo Vice-Rei da Índia, militar e governador Colonial Dom Diogo de Sousa exposta numa vitrine oratória sobre um arcaz.

Esta igreja foi elevada a Basílica no dia 5 de Julho de 2015, em celebração solene, presidida pelo Arcebispo Primaz de Braga Dom Jorge Ortiga.