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Santuário do Sameiro

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Avenida Nossa Senhora do Sameiro, em Braga
 
A Basílica do Sameiro fica na Avenida Nossa Senhora do Sameiro, freguesia de Espinho, cidade de Braga, norte de Portugal.

A cerca de 10 km do centro de Braga chega-se ao Santuário do Sameiro a partir da Estrada do Bom Jesus do Monte ou pela Estrada da Falperra.

Esta Basílica em forma de cruz latina apresenta uma arquitectura de estilo neoclássico sobressaindo o zimbório e duas torres que contêm o carrilhão de sinos.

Este Templo é mais direcionado para uma concepção de arquitetura mais clássica, ou seja, no exterior não existe um excesso de elementos decorativos na fachada, grandes aberturas envidraçadas, volumes mais compactos e com menos adornos.
A História da Basílica do Sameiro
 
A história deste santuário iniciou-se em 14 de junho de 1863 quando ocorreu o lançamento e se benzeu a primeira pedra de um pedestal em granito que serviria de suporte a uma estátua da Virgem Maria.

A sua construção teve início em 1863, por iniciativa do padre Martinho Pereira da Silva, à época vigário de Braga, o qual mandou colocar no cimo do monte uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.

O fundador deste santuário foi o vigário de Braga, Padre Martinho António Pereira da Silva, natural de Semelhe que em 1869 fez colocar no cume da montanha uma imagem de Nossa Senhora da Conceição.

Em 1876 a imagem de Nossa Senhora do Sameiro com 2, 20 metros de altura foi concebida pelo escultor italiano Eugenio Maccagnani, e durante dois anos esteve na igreja do Pópulo à devoção dos fiéis enquanto eram terminadas as obras da igreja do Sameiro.

Quando a primeira capela do Santuário do Sameiro foi terminada a imagem de Nossa Senhora do Sameiro foi utilizada pela primeira vez numa grande peregrinação sendo entronizada em agosto de 1880 e foram feitas duas cópias.

Em 1877, foi criada a Confraria da Imaculada Conceição do Monte Sameiro e a bênção da primeira pedra da atual igreja aconteceu a 31 de agosto de 1890 sendo que a cúpula só foi iniciada em 1936.

Em 1877 deu-se a criação da Confraria da Imaculada Conceição do Monte Sameiro, a qual veio a receber do Rei D. Luís o título de Real.

O projeto da igreja foi de Joaquim Augusto Correia Guimarães e a igreja foi designada Basílica pelo papa Paulo VI no ano de 1964.
No Interior da Basílica: Altar-Mor, Sacrário e a famosa imagem de Nossa Senhora do Sameiro
 
Este templo foi concluído no século XX, e no seu interior destacam-se o altar-mor em granito branco polido, o magnífico sacrário revestido de prata, e a famosa imagem de Nossa Senhora do Sameiro ladeada com as seguintes inscrições: “Vós A Glória de Jerusalém”, "Vós A Alegria de Israel”, "Vós A Honra do Nosso Povo” e "Vós A Advogada dos Pecadores”.
Outros Anexos da Igreja: a Sacristia que aparece noutra sala interior da Basílica do Sameiro em Braga
 
A Sacristia é um espaço arquitectónico, ou seja, um anexo à igreja onde são guardados os paramentos sacerdotais e as alfaias litúrgicas, também é na sacristia que os sacerdotes se paramentam para realizarem as missas e a pessoa encarregada da sacristia é chamado de sacristão.
A famosa imagem de Nossa senhora do Sameiro
 
A Imagem de Nossa Senhora do Sameiro foi esculpida em Roma pelo escultor Eugénio Maccagnani (trazida de Roma em 1880), e benzida pelo Papa Pio IX e é formada por: uma belíssima e valiosa coroa com 2,5 kg em ouro maciço com brilhantes, e oferecida em 1904 pelas mulheres de Portugal e pela Rainha D. Amélia de Orleães.

E no topo do altar destaca-se o Sagrado Coração de Jesus em mármore branco e no lado direito aparece Jesus Cristo sentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso no Céu (Cristo Como Rei) com a Cruz, e no alto vários anjos e dois deles segurando a coroa de Nossa Senhora do Sameiro dando-se início ao tema da Ascensão.

Nas laterais aparecem dois Altares: num deles aparece o Sagrado Coração de Jesus, e o outro Altar com a imagem de São José carregando Jesus ao colo com a seguinte inscrição: "José Esposo de Maria da qual nasceu Jesus”.

No exterior destacam-se a imagem em pedra de dois anjos a proteger o templo, as janelas com varanda constituídas por vitrais , 2 torres carregando cada uma os seus sinos (carrilhão de sinos), a cúpula em abóbada e no cimo o zimbório.
As Características da Basílica do Sameiro
 
Esta Basílica ergue-se sobre uma plataforma definindo um pequeno adro pavimentado com lajes de granito rodeado por uma balaustrada em cimento.

Este templo possui uma planta poligonal composta por nave única ladeada por torres sineiras quadrangulares e dois corpos retangulares, isto é, um eixo pentagonal de cantos arredondados e mais largo onde se inscrevem; a capela-mor, capelas laterais, vestíbulo, sacristia e sala dos benfeitores.

Os Volumes articulados de tendência verticalizante, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas em cúpula sobre o corpo pentagonal com tambor circular rasgado por pares de lumes separados por pilastra, e possuindo num dos lados corpo cilíndrico encimado por pequeno coruchéu.

O tambor é percorrido superiormente por varandim de pedra sustentado por cachorrada fitomórfica, a cúpula é aberta por óculos com moldura estrelada e encimada por lanternim com varandim.

As torres sineiras têm coruchéus bolbosos rasgados por óculos e ostentando decoração fitomórfica, ou seja, a parte mais elevada das torres aparecem com um remate pontiagudo ou piramidal destacando-se o estilo gótico e os coruchéus aparecem revestidos de cobre, de estanho ou de chumbo.

As fachadas rebocadas e pintadas de branco, mas a a principal executada em cantaria de granito aparente com aparelho isódomo.
A Fachada Principal da Basílica do Sameiro
 
A Fachada Principal da Basílica voltada a O. remata em frontão triangular com friso denteado inferiormente com a cornija interrompida por escudo da confraria, coroado por dois pares de urnas e cruz latina sobre acrotério na empena (elemento ornamental aparece em edifícios de estilo classicista em geral)

Apresenta dois registos separados por entablamento com cornija denteada (uma faixa horizontal que se destaca na parede com finalidade de acentuar nervuras e para protecção contra as águas pluviais), e dividida em três panos por pilastras jónicas seccionadas por anéis.

É rasgada por portal sobrelevado com quatro degraus em arco pleno com arquivolta de capitel coríntio e folha de acanto no fecho.

O portal é enquadrado por duas colunas jónicas com fuste estriado e dois anéis com decoração fitomórfica tendo o inferior querubins e o superior monograma mariano.

Superiormente, sob o entablamento de separação de registos dispõem-se três mísulas com decoração fitomórfica e par de volutas fazendo a ligação com as das pilastras.

O segundo registo é rasgado por uma janela grande (abertura na parede de um edifício acima do pavimento para deixar entrar a luz e o ar) em arco de volta perfeita de sacada com arquivolta de capitéis coríntios, querubim com motivo fitomórfico no fecho, e guarda em cantaria vazada por arcos e motivos fitomórficos.

É flanqueada por duas sineiras, divididas em três registos (estruturas construídas) definidos por entablamento, o primeiro rasgado por três óculos circulares sobrepostos surgindo no segundo janelas de varandim em arcos de volta perfeita e guardas semelhantes à do janelão central.

No topo, surge um sub-registo com relógio circular encimado por ventanas em arcos de volta perfeita com folha de acanto no fecho cerrado por varandim com balaústres de pedra.

As fachadas laterais são semelhantes com remates em platibanda plena em cantaria aparente tendo no corpo da nave dois panos separados por dupla pilastra toscana e dois registos, sendo o superior recuado e protegido por balaustrada de pedra.

O primeiro é rasgado por porta de verga recta encimada por frontão curvo e o segundo por janelas em arco abatido.

No corpo da capela-mor, com as faces marcadas por pilastras toscanas coroada por fogaréus, com um braço saliente rematado por frontão triangular sobrepujado por cruz latina sobre acrotério, cartela fitomórfica com inscrição, portal de verga reta emoldurado e enquadrado por pilastras toscanas sobrepujado por janelão em arco pleno sobre duas colunas jónicas enquadrado por outras duas colunas jónicas que sustentam frontão curvo.

Os panos de ligação à nave e à fachada posterior são de perfil curvo, e rasgados por janela de moldura recortada.

A fachada posterior integrando os dois lados do pentágono é ritmada por pilastras toscanas que estruturam três panos e possui três registos separados por friso no pano central.

Este é rasgado no primeiro registo por duas janelas de molduras recortadas, no segundo por duas janelas de sacada de volta perfeita e rematadas por frontões triangulares sobre duas mísulas, e no terceiro por duas janelas em arco abatido com pedra salientada no fecho.

Os panos laterais mais estreitos possuem janelas e óculos de molduras recortadas.
A estrutura da Basílica do Sameiro
 
A Basílica do Sameiro apresenta características clássicas, uma planta poligonal composta por nave e corpo pentagonal e onde se insere a capela-mor coberta por cúpula coroada por lanternim.

A Fachada principal integralmente em granito do tipo fachada harmónica ladeada por duas torres sineiras com coberturas em coruchéus bolbosos (remate piramidal ou cônico de uma torre, guarnições de madeira revestidas de ardósia em forma de pirâmide) remata em frontão triangular com brasão no tímpano ritmada por pilastras e colunas jónicas, e coríntias que forma três panos com três eixos de vãos.

Os três eixos de vãos composto pelo central com portal em arco de volta perfeita sobrepujado por ampla janela de sacada e os laterais com janelas de varandim.
O Interior da Basílica do Sameiro
 
O interior da Basílica possui fachadas em cantaria de granito aparente, cobertura em abóbada de berço sobre cornija de pedra, pavimento em madeira e corredor central em lajes de granito polido.

O coro-alto assenta em dois arcos em asa de cesto protegido por balaustrada de pedra salientada no centro sobre mísula antropomórfica.

O sub-coro encontra-se forrado a azulejos industriais policromos de estampilha azul, amarela e branca com inscrições em suporte de mármore.

As portas travessas remata em frontão triangular, isto é, um conjunto arquitectónico de forma triangular que decora o topo da fachada principal de um edifício sendo constituído por 2 partes essenciais: a cimalha (a base) e as empenas (dois lados que fecham o triângulo) provém da arquitetura clássica greco-romana.

Inscritas em vão de arco pleno com duas portas laterais, uma para o coro-alto e torre, e a outra para espaço de arrumos e estão protegidas por guarda-vento em madeira de castanho.

Sobre o vão está a janela de sacada com base retangular sobre duas mísulas fitomórficas e balaústres de pedra.

Os dois grandes vãos em arco pleno sobre pilastras compósitas protegidos por grades de ferro forjado e balaustradas de mármore que abrem para a cripta.

Os púlpitos quadrados com bacia em cantaria e assente em mísula fitomórfica com guardas plenas de talha dourada dando acesso por porta de verga recta encimada por cornija salientada centralmente com modilhão, o Arco triunfal de volta perfeita assente em pilastras compósitas.

A Capela-mor em forma pentagonal, cobertura em cúpula, quatro vãos de verga reta encimados por frontão interrompido com monograma no tímpano, dois de acesso à cripta e ao púlpito e dois servindo de depósito de velas, e duas portas travessas formando tribunas semelhantes ao coro-alto.

O Retábulo-mor em mármore de planta côncava é um eixo estruturado por duas colunas coríntias e pilastras assentes em plintos paralelepípedicos com as faces almofadadas.

Ao centro, um nicho em arco de volta perfeita assente em pilastras e colunas, as primeiras prolongando-se em arquivolta com seguintes decorados.

A estrutura remata em entablamento que se alteia na zona central com representação em relevo da Santíssima Trindade com filactera inferiormente coroado por cartela com monograma mariano e anjos a segurar coroa repetindo-se o esquema lateralmente.

Na parede testeira, duas capelas laterais em arco de volta perfeita assentes em pilastras e colunas de mármore, coberturas em meia-cúpula de caixotões e possuem nicho enquadrado por coluna e rematado em entablamento contendo imaginária.

A partir destas acede-se corredor que comunica com a sacristia e sala de benfeitores e ao vestíbulo através do qual se sobe ao zimbório por escadas de madeira, em vários lanços, e no último troço por escada de caracol em cimento.

A partir destas, acede-se à cripta através de túnel ligando o amplo recinto em betão decorado com painéis de azulejo representando os mistérios do Rosário e a obra evangelizadora dos Portugueses.

O interior da igreja com coberturas diferenciadas em abóbada de berço na nave e em cúpula na capela-mor iluminada uniformemente por janelas rasgadas nas fachadas laterais.

O Coro-alto assenta em arco em asa de cesta com guarda em balaustrada de pedra, com dois púlpitos confrontantes e o Retábulo-mor em mármore com estrutura de inspiração barroca.
Em frente à Basílica num pequeno jardim com uma Capela dividida em 4 salas distintas
 
Num patamar superior existe um pequeno jardim com canteiros com flores (hortênsias, rosas, gardênias e begónias), oliveiras, uma estátua de pedra com a figura de Jesus Cristo com as mãos abertas para o Céu.

Neste espaço também encontramos uma Capela dividida em quatro salas distintas: a primeira é a Capela dos Ex-votos, a segunda a Capela de São Bento, a terceira Capela de São Judas Tadeu e a quarta a Capela do Santíssimo Sacramento.

Neste lugar os peregrinos acendem velas, fazem promessas e deixam numa sala os seus objetos de cera ou fotografias pela graça alcançadas.

Do lado de trás podemos encontrar uma via onde se destacam as hortênsias de cor azul, árvores de grande porte, muitos arbustos, pinheiros e muros decorados com gramado, plantas verdes e casas de banho para os peregrinos.
O Zimbório fica na Cúpula na parte mais alta do Santuário do Sameiro
 
O zimbório é a parte que arremata a Cúpula que é considerada a parte mais alta do Santuário do Sameiro, e colocando-nos a uma distância de mais de 600 metros de altitude.

Alguns peregrinos e visitantes arriscam-se a subir centenas de escadas que os levam ao ponto mais alto e a partir deste ponto avista-se a serra do Gerês, a serra da Cabreira, a serra da Penha e a serra da Franqueira, e nos dias com maior visibilidade é possível ver o mar.