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Mercado de Escravos

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se na rua da Sra. da Graça, Cidade de Lagos, Algarve, Sul de Portugal
 
A partir do conhecimento científico produzido sobre a chegada e a presença dos escravos em Lagos, e a compreensão do papel desempenhado pelo comércio negreiro e a escravatura de indivíduos com ancestralidade africana foi elaborado o programa museológico.

O projeto pretendeu transmitir ideias e conceitos da história e identidade local criando comunicação e intensificando a relação com os diferentes públicos do Museu, sejam eles residentes ou visitantes, incentivando-os à participação nas atividades do museu e no desenvolvimento local.

A exposição patente no Mercado dos Escravos está distribuída por 2 pisos e constitui-se como um fator de atração adicional para o município de Lagos é um lugar de descoberta dos lugares urbanos da novidade que constituiu no século XV com a chegada dos primeiros escravos subsaarianos.

O edifício de dois pisos cronologicamente distintos, o inferior quatrocentista construído para mercado de escravos, e o superior seiscentista destinado ao Corpo da Guarda, a fachada principal de dois registos com nartex de dupla arcada fechada por grades de ferro maneiristas superiormente rasgam-se duas grandes janelas rectangulares e emolduradas de finais do Séc. 17.

A arquitectura do edifício caracteriza-se pela linguagem arquitectónica austera e funcional que se integra no contexto de racionalização de recursos, igualmente patente nos edifícios do Armazém Regimental e da Oficina do Espingardeiro, mas que aqui apresenta uma feição marcadamente erudita na cuidada projeção de volumes.

O Edifício emblemático da cidade é testemunho da sua ligação à época dos Descobrimentos foi neste local que hipotéticamente funcionou o primeiro mercado de escravos da Europa quatrocentista tendo-se aqui efectuado a 1ª venda de escravos do Algarve.

A fachada principal a sudeste, de dois registos, rasgada inferiormente por dois arcos, fechados por gradeamento em ferro fundido superiormente rasgam-se duas janelas rectangulares com molduras em cantaria.

A fachada lateral direita, rasgada por dois arcos, no piso térreo e quatro janelas no piso superior; brasão de armas em cantaria, do Marquês de Nisa, a fachada lateral esquerda quase cega e apenas rasgada por janela no 2º piso. No piso térreo existem dois espaços diferenciados: um aberto e envolvido pelos quatro arcos de volta perfeita em cantaria, outro fechado composto por uma sala única, acesso ao 2º piso através de escadaria localizada no edifício adossado a NO.

No interior, espaços diferenciados, pé direito alto, pavimento em soalho e portas de duas folhas com bandeira.

O Mercado de Escravos – Núcleo Museológico da Escravatura inaugurado a 6 de junho de 2016 e parte integrante do Museu Municipal Dr. José Formosinho propõe um percurso histórico que se inicia no período dos Descobrimentos portugueses (séc. XV) quando chegaram a Lagos os primeiros escravos negros, e para nos fazer refletir sobre as novas formas de escravatura no contexto do projeto Rota dos Escravos lançado pela UNESCO em 1994.

O núcleo museológico evoca o passado do comércio dos escravos em Lagos na época dos Descobrimentos e foi constituído em colaboração com o projeto "Rota do Escravo" da UNESCO.

No Piso 0 está instalada a recepção de visitantes, e a divulgação dos pontos de interesse do itinerário Lagos na Rota da Escravatura, e o Piso 1 acolhe a exposição de longa duração que aborda o tema da escravatura na história da cidade.