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Fortaleza do Beliche

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se no Cabo de São Vicente, sobre a praia de Belixe Velho, freguesia de Sagres, Vila do Bispo, Cidade de Faro, Algarve, Sul de Portugal
 
Implantado no alto da falésia que domina a baía do Beliche (ou Belixe), desconhece-se a época de construção desta fortaleza sendo certo que já existia no século XVI, por nela existir um escudo do rei D. Sebastião.

O Forte consagrado a Santo António foi construído nos reinados de D. Manuel ou de D. João III, em data não determinada, mas anterior a 1587 uma vez que se encontra desenhado no mapa desta região algarvia o ataque do corsário inglês Francis Drake que o destruiu.

O Monumento tinha como função controlar aquele ancoradouro e proteger os pescadores que ali mantinham uma armação de pesca de atum.

No interior existe uma Capela dedicada a Santa Catarina, e a entrada do Forte ostenta um Escudo com as Armas de Reais e uma inscrição datada de 1632 que faz referência à reconstrução do forte neste ano.

O Forte foi recuperada em 1960, e sobre os alicerces dos antigos quartéis foi feita uma casa de chá cujas obras foram levadas a cabo pela Direcção dos Edifícios e Monumentos Nacionais, na sequência de trabalhos realizados no Cabo de São Vicente e em Sagres nos finais da década de 50 tendo em vista as comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique.

A fortificação atual remonta a uma reconstrução por determinação de Filipe III de Portugal (1621-1640), e tendo sido reinaugurado em 1632 conforme inscrição epigráfica sobre o portão de armas.

O terramoto de 1755 causou grandes danos ao Forte de Santo Antônio de Beliche, e tendo sido progressivamente abandonado.

O Forte foi recuperado ao final da década de 1950 pela então Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, no contexto dos trabalhos realizados no cabo de São Vicente e em Sagres tendo em vista as comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique (1960).

O Forte foi encerrado desde a década de 1990 pela ameaça de desmoronamento da encosta sobre a qual se ergue, e em 2013 a Câmara Municipal de Vila do Bispo planeia a sua recuperação e reabertura.

Na Fortaleza destacam-se os panos de muralha remanescentes, baterias e casamatas, a Capela de Santa Catarina cujas origens remontam a uma doação do Infante D. Henrique (1394-1460) pouco antes de sua morte, e cujo retábulo em estilo barroco foi trasladado em 1997 para a Igreja de Nossa Senhora da Graça, na vizinha Fortaleza de Sagres.

A fortaleza segue uma estrutura comum à arquitectura militar da época, possuindo uma planta poligonal estrelada, estrategicamente com as baterias voltadas ao mar.

A porta principal, de arco de volta perfeita, situa-se a "Poente numa reentrância formada por um contraforte de uma torre.

No interior existe uma segunda cortina que protege uma longa escadaria que dá acesso à praia e por onde entraram os mantimentos e outros materiais em caso de cerco terrestre.

A entrada na fortaleza propriamente dita faz-se através de um arco de volta perfeita nessa linha fortificada interior e é dominada por uma torre quadrangular com acesso através de passadiço.

As dependências de apoio à guarnição militar (camarata, arrecadações e compartimentos comuns cobertos) junto à muralha permitindo a existência de um espaço relativamente amplo para manobras militares.

Na muralha localiza-se a capela de Santa Catarina (actualmente dedicada a Santo António), pequeno templo de planta centralizada composto por nave quadrangular coberta por cúpula e diminuta capela-mor.

No século XX conferiu-lhe outras funcionalidades, designadamente a turística, e foi com esse objectivo que o conjunto se transformou em pousada construindo-se por volta de 1960, os diversos equipamentos de apoio à actividade hoteleira, como o restaurante.

Nessa altura revelaram-se também importantes seções do interior e reconstruíram-se alguns panos da cortina militar.

Apesar de harmonicamente integrada na paisagem circundante, não evitou a erosão constante da falésia em que a fortaleza se ergue.

A partir dos anos 90 do século XX tem havido um redobrado cuidado com esta questão existindo o perigo de toda a estrutura ruir.

Alguns estudos foram encomendados à Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Algarve, e tendo a Capela sido objecto de particular atenção pela sua posição de localização sujeita a erosão e tempestades de mar.
A Classificação da Fortaleza do Beliche ou Forte de Santo António de Beliche
 
A Fortaleza do Beliche encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público.