O Templo é um dos mais famosos marcos da cidade e um dos símbolos mais significativos da presença romana em território português.
O Monumento faz-se em conjunto com a Sé de Évora, Tribunal da Inquisição, Igreja e Convento dos Lóios, a Biblioteca Pública de Évora e o Museu.
O templo estava situado no ponto mais alto da acrópole da cidade romana fazendo originalmente parte de um complexo urbano conhecido como fórum que era normalmente o centro de uma cidade romana rodeado por um pórtico.
O templo em si estava rodeado por um tanque de água demonstrando que o elemento aquático teria uma grande importância do ponto de vista religioso.
O complexo também poderia ter incluído uma basílica, e cujas colunas partilhavam algumas características com as do templo romano.
O templo é um exemplo da arquitectura religiosa do período romano sendo de forma rectangular, e com as colunas organizadas nos estilos hexastilo e períptero.
O modelo utilizado na construção do edifício foi o mesmo utilizado na instalação dos templos do imperador Trajano e do imperador Adriano, no Século II d.C., sendo semelhante ao templo de Maison Carrée, na cidade francesa de Nîmes.
Do antigo edifício apenas se conservaram o pódio, partes da colunata, e fragmentos da arquitrave e o friso que eram suportados pelas colunas.
O pódio (Podium) está situado numa base com cerca de 25 m por 15 m e 3,5 m de altura e construída em cantaria de granito de forma irregular (opus incertum).
A plataforma do pódio (podium) tem uma altura de quatro metros, e estava decorada com silhares no perfil da base, na moldura e nos cantos, e sendo as partes restantes em opus caementicium.
O acesso à plataforma faz-se por uma escadaria que ainda é visível apesar do seu estado de conservação, e sobre a plataforma estão situadas as colunas das quais sobreviveram catorze exemplares.
O espólio arqueológico encontrado no local consiste em peças de cerâmica campaniense de vidro, de terra sigillata itálica, hispânica e africana de paredes finas, comum diversa e cinzenta.
Do período romano foram ainda encontradas ânforas e uma lucerna, e quanto a cronologias muçulmanas foram descobertos potes, jarros, uma taça, panelas, uma tigela de corda seca em tons de verde e manganês, um alguidar e um candil.
No ano de 2017 foram feita obras de reparação e destaca-se a colocação de duas peças nos capitéis que vieram da reserva do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, os capitéis foram limpos e restaurados, e as partes que estavam em risco de cair foram fixadas com uma argamassa composta por cal e inertes muito finos em pó de pedra, o monumento também foi totalmente limpo ficando desta forma à vista as diferenças entre os materiais utilizados o mármore e granito.
O Templo Romano de Évora é considerado um dos edifícios do seu tipo melhor conservados em toda a Península Ibérica, e é um exemplar único em Portugal e está classificado como Monumento Nacional pelo governo português, e como Património Mundial como parte do Centro Histórico de Évora pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.