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Sé Catedral de Évora

Todas as fotografias / imagens são fornecidas apenas para orientação.
Localiza-se no Largo do Marquês de Marialva, Cidade de Évora, região do Alentejo, Centro de Portugal
 
A Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção mais conhecida por "Catedral de Évora" ou "Sé de Évora" apesar de iniciada em 1186 e consagrada em 1204, esta catedral de granito só ficou pronta em 1250.

O terraço da Catedral é o ponto mais alto da cidade onde se avista toda a cidade, seja a cidade histórica dentro das muralhas com todo o seu património seja a cidade nova constituída por vários bairros em toda a volta.

Há um vasto horizonte em que pode ver-se a extensa planície e algumas localidades históricas como: Arraiolos, Évora Monte e nos limites das Serras de Ossa a norte, e a Sul a de Portel.

A Igreja fortificada de traça gótica, e foi iniciada em 1186, consagrada em 1204, e desde logo usada como um dos grandes templos do culto mariano, só ficou concluída em 1250.

Um monumento que apresenta a transição do estilo românico para o gótico, e marcado por três majestosas naves.

Nos séculos XV e XVI a catedral recebeu grandes melhoramentos datando dessa época o coro-alto, o púlpito, do batistério e o arco da capela de Nossa Senhora da Piedade, mas também conhecida por “Capela do Esporão” o exemplar raro de arquitetura híbrida plateresca datado de 1529.

A fachada é flanqueada por duas torres, ambas do período medieval, e estando os sinos colocados na torre sul, e do período barroco datam alguns retábulos de talha dourada e outros melhoramentos pontuais nas decorações sumptuárias.

No século XVIII a catedral foi enriquecida com a edificação da nova capela-mor patrocinada pelo Rei D.João V onde a exuberância dos mármores foi sabiamente conjugada com a austeridade romano-gótica do templo.

No ano de 1930 por pedido do Arcebispo de Évora, o Papa Pio XI concedeu à Catedral o título de Basílica Menor.

Nas décadas seguintes foram efectuadas algumas obras de restauro como a demolição das vestiarias do cabido do século XVIII (que permitiram pôr a descoberto a face exterior e as rosáceas do claustro), e o apeamento de alguns retábulos barrocos que desvirtuaram o ambiente medieval das naves laterais.

A fachada da catedral é flanqueada por duas torres, ambas do período medieval, sendo a torre do lado sul a torre sineira da catedral, cujos sinos há séculos marcam o passar das horas da cidade, flanqueando o portal há esculturas de Apóstolos do século XIV (dez das quais atribuídas a Mestre Pêro).

O interior da catedral está distribuído em amplas três naves, com cerca de 80 metros de comprimento (trata-se da maior catedral portuguesa).

Na nave central (a mais alta), está o altar de Nossa Senhora do Anjo (também chamada na cidade Senhora do Ó), em talha barroca, com as imagens góticas da Virgem em mármore policromado e do Anjo Gabriel.

Ainda na nave central podem admirar-se o púlpito (em mármore) e o magnífico órgão de tubos (ambos do período renascentista).

No transepto, abrem-se as antiquíssimas capelas de São Lourenço e do Santo Cristo (que comunica com a Casa do Cabido) e as Capelas das Relíquias e do Santíssimo Sacramento, ambas decoradas com opulentos adornos de talha dourada.

Na nave esquerda junto à entrada abre-se o batistério fechado por belas grades férreas do período renascentista.

No topo norte do transepto está o belo portal renascentista (atribuído a Nicolau Chanterene) da Capela dos Morgados do Esporão (que nela tinha sepultura).

O altar do século XVIII e a capela-mor em mármore são de J. F. Ludwig mais conhecido por Ludovice, o arquiteto do Convento de Mafra.

A edificação desta obra deveu-se à necessidade de espaço para os cónegos visto que no século XVIII o esplendor das cerimônias litúrgicas exigia um maior número de clérigos.

Assim sacrificou-se a primitiva capela gótica (cujo retábulo de pintura se pode hoje admirar no Museu Regional de Évora).

Nela se combinam mármores brancos, verdes e rosa (provenientes de Estremoz, Sintra e Carrara (Itália), e podem-se ainda admirar um belo Crucifixo da autoria de Manuel Dias, chamado o Pai dos Cristos que encima a pintura de Nossa Senhora da Assunção (padroeira da Catedral), efectuada em Roma por Agostino Masucci, estátuas alegóricas dos bustos de São Pedro e São Paulo, e ainda de um órgão de tubos da autoria do mestre italiano Pascoal Caetano Oldovini.

Nos claustros de cerca de 1325 há estátuas dos Evangelistas em cada canto, o claustro, construído por ordem do Bispo D.Pedro é um belo exemplar gótico enriquecido com rosáceas de decorações diversas, a capela funerária do Bispo D.Pedro (fundador do claustro) cujo túmulo gótico ainda subsiste no centro da mesma.

Neste templo recentemente foram colocados na ala sul do claustro os túmulos dos Arcebispos de Évora falecidos no século XX.

O coro é fruto das obras efectuadas no período manuelino, e tem um valioso cadeiral de madeira de carvalho onde estão esculpidas cenas mitológicas, naturalistas e rurais datado de 1562.

O Tesouro e Museu de Arte Sacra contém peças de arte sacra nos domínios da paramentaria, pintura, escultura e ourivesaria.

A mais curiosa é uma Virgem (Nossa Senhora do Paraíso) do século XIII de marfim cujo corpo se abre para se tornar num tríptico com minúsculas cenas esculpidas: a sua vida em nove episódios.

A Cruz-Relicário do Santo Lenho (século XIV), o Báculo do Cardeal D.Henrique (que foi Arcebispo de Évora e Rei de Portugal) e galeria dos Arcebispos onde estão retratados todos os prelados eborenses desde 1540 até à actualidade.

O tesouro e a galeria dos Arcebispos integram o Museu de Arte Sacra da Catedral aberto em 1983, aquando das comemorações do 8º centenário da Sé.

O Museu encontra-se instalado desde 22 de Maio de 2009, no antigo Colégio dos Moços do Coro da Sé é um edifício contíguo à Sé que depois de remodelado alberga as colecções de ourivesaria, paramentaria, pintura e escultura que compõem o valioso Tesouro da Sé.